(21) 3649 0041

Fale
por WhatsApp

Fale
por E-mail

Clubhouse e a ascensão do áudio

Clubhouse e a ascensão do áudio

Você já imaginou como seria uma mistura entre as antigas salas de bate papo, o Twitter e a estrutura de um podcast? Não precisa mais imaginar, ela já existe.

O Clubhouse é um aplicativo de salas de conversa, exclusivamente por áudio, ou seja, sem a possibilidade de envio de fotos ou vídeos. Apesar de ter sido lançado em março de 2020, o aplicativo só estourou no Brasil no início de fevereiro, e em uma semana as buscas no Google aumentaram 525%.

Apesar de ainda ser uma rede fechada, na qual só se pode entrar com convite, e ainda só funcionar para o sistema operacional IOS (sem previsão de lançamento para Android) , a adesão de personalidades como Mark Zuckerberg, Elon Musk, Oprah Winfrey e outros grandes nomes, deixou as pessoas ainda mais interessadas em participarem dessas conversas.  

O aplicativo foi criado por Paul Davidson, engenheiro industrial, e Rohan Seth, cientista da comunicação. Para eles, a plataforma permite “abrir diferentes salas cheias de pessoas conversando – tudo aberto para que você possa entrar e sair, explorando diferentes conversas. Você entra em cada sala como um membro da plateia, mas se você quiser falar você só precisa levantar as mãos e os oradores podem te convidar”.

Uma vez dentro do Aplicativo, como funciona?

Existem 3 formas de participar das conversas, a primeira é como ouvinte de uma conversa entre outros usuários, a segunda é clicando no ícone de mão levantada para se tornar um speaker, e a terceira é criando sua própria sala e iniciando um novo chat. O número máximo é de 5 mil ouvintes, as conversas acontecem ao vivo e não podem ser gravadas, e, por enquanto, todo o aplicativo funciona apenas em inglês.

O principal objetivo é ter um espaço para conversar com amigos, além de conhecer pessoas novas de todo o mundo. Você pode criar grupos ou eventos para discutir temas específicos, e eles serão sugeridos para outras pessoas, com base na lista de interesses criada no momento de ingresso na rede social. 

Por que um aplicativo apenas de áudio?

Segundo os criadores, “Sem uma câmera ligada, você não precisa se preocupar com o contato olho no olho, o que você está vestindo ou onde você está. Você pode conversar no Clubhouse enquanto você dobra roupas, amamenta, viaja, trabalha no seu sofá no porão ou indo para uma corrida. Ao invés de digitar algo e clicar em enviar, você está engajado com um diálogo de ida e volta com alguém”.

Esse argumento vem ao encontro das previsões de mercado que apontam que a geração Z (indivíduos de 15 a 25 anos) vai revolucionar os hábitos de consumo, e o áudio faz parte desse processo. Soluções de voz como home speakers, compras por voz e audiogramas já estão em franca ascensão, enquanto isso, o estudo Culture Next, do Spotify apontou que:

  • 71% dos entrevistados usam o áudio para lidar com ansiedade e estresse;
  • 64% disseram que estão ouvindo podcasts com mais frequência para informação e entretenimento;
  • 93% dos pais brasileiros que ouvem podcasts disseram que esse meio de comunicação se tornou uma ferramenta educacional muito útil.
O futuro do Clubhouse

Já estão sendo estudadas formas de monetizar o conteúdo produzido na plataforma, em um comunicado divulgado na primeira semana de fevereiro, a empresa afirma que deseja investir em produtores de conteúdo para agregar valor ao uso do aplicativo. “Planejamos lançar nossos primeiros testes para permitir que os criadores sejam pagos diretamente, por meio de recursos como gorjetas, ingressos ou assinaturas.” diz o comunicado. Outra novidade prevista ainda para 2021 é a liberação do acesso, sem necessidade de convite. 

Vale ressaltar que a nova rede social também enfrenta problemas como a dificuldade de moderar conteúdos em áudio e a segurança. Mesmo com pouco tempo de funcionamento, as diretrizes da comunidade e termos de serviço já foram atualizados após receber críticas por chats que apresentavam discurso de ódio e abuso. Outro ponto sensível, é que ao ingressar é necessário permitir que a ferramenta tenha acesso e armazene dados de seus contatos.

 

A tendência é que em pouco tempo o aplicativo assuma mais funções e os usuários descubram novas formas de usá-lo e monetizar seu conteúdo. Quem está ingressando nesse primeiro momento tem a oportunidade de crescer junto com a comunidade e buscar relevância. A dica é: mantenha frequência, seja criativo e esteja sempre atento às atualizações e novas funcionalidades.

 

E aí? Vamos bater um papo no Clubhouse?